Quem nunca teve dificuldade em resolver um problema de matemática? Para algumas pessoas é ainda pior, pois o ouvir o nome dessa disciplina é quase que relembrar um pesadelo. Trabalhando com conceitos tão abstratos ela se torna um desafio para a mente humana. Porém, se bem explorada algumas questões importantes ainda na infância, tais dificuldades podem ser minimizadas.
Esse material permite que a criança desenvolva as primeiras noções de operações lógicas e suas relações como correspondência e classificação, imprescindíveis na formação de conceitos de matemática. Segundo Piaget, "a aprendizagem da matemática envolve conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o conhecimento físico ocorre quando a criança pega, observa e identifica os atributos de cada peça. O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato)".
OBJETIVOS:
- Reconhecer as quatro formas geométricas.
- Identificar cor, forma, tamanho e espessura.
- Trabalhar sequências.
Faixa etária: de 4 a 5 anos.
Você Sabia?
Os blocos lógicos foram criados na década de 1950 pelo matemático húngaro Zoltan Paul Dienes.
De 1890 a 1934, os blocos lógicos foram utilizados de modo sistemático com crianças pelo psicólogo russo Vygotsky, quando ele estudava a formação dos conceitos infantis.
Dica Esperta!
Essa também é uma ótima atividade para trabalhar com alunos portadores de deficiência, já que desenvolve o raciocínio lógico e o pensamento matemático de forma concreta, possibilitando a evolução para um pensamento mais abstrato posteriormente.
Comece explorando apenas duas características e, no decorrer do tempo, vá aumentando o grau de dificuldade e somando outras características.
Dica de Leitura!
Veja alguns exemplos de como utilizar este recurso em sala de aula.
Montando Sequências
Pegue os blocos lógicos e proponha aos alunos resolverem os desafios solicitados.
Por exemplo: Solicite que os alunos peguem do jogo "triângulos azuis". Nesse caso, o professor vai explorar apenas duas características: cor e forma. Ou seja, os alunos podem pegar triângulos azuis grossos e finos, grandes e pequenos. E, no decorrer da atividade, o professor vai propondo outros desafios.
O Jogo das Diferenças
Nesta atividade, as crianças trabalham sobre um quadro contendo três peças. O desafio consiste em escolher a quarta peça observando que, entre ela e sua vizinha, deverá haver o mesmo número de diferenças existentes entre as outras duas peças do quadro. As peças devem ser colocadas pelo professor de forma que, em primeiro lugar, haja apenas uma diferença. Depois duas, três e, por fim, quatro diferenças entre as peças. A é que as crianças façam comparações cada vez mais simultâneas quando estiverem pensando na peça que se encaixe em todas as condições.
Fonte: Revista Guia Prático para professores de Educação Infantil - nº 107
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