sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para Sempre


Por que Deus permite que as mães vão se embora?

Mãe não tem limite, é tempo sem hora,


luz que não se apaga quando sopra o vento


e chuva desaba, veludo escondido


na pele enrugada, água pura, ar puro, puro pensamento.


Morrer acontece com o que é breve e passa sem deixar vestígio.


Mãe, na sua graça, é eternidade.


Por que Deus se lembra


- mistério profundo -


de tirá-la um dia?


Fosse eu Rei do Mundo,


baixava uma lei:


Mãe não morre nunca, mãe ficará sempre


junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino


feito grão de milho.


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 5 de maio de 2010

NOSSAS CRIANÇAS INTERAGINDO COM O BAIRRO

A PAISAGEM DO LUGAR ONDE VIVO
Tarsila do Amaral - O mamoeiro - 1925

1- No lugar em que você vive, quais são as paisagens que você gosta de apreciar? Por quê?
2- Você já ouviu falar em Tarsila do Amaral. Ela foi uma importante pintora brasileira, que participou da famosa Semana de Arte Moderna de 1922. Observe um de seus quadros, intitulado “O Mamoeiro”:
· O que você pode ver no quadro acima?
· Trata-se de uma paisagem natural ou modificada pelas pessoas?
· Em sua opinião, o que a artista quis retratar em sua obra?
· Você mora ou já foi a algum lugar com uma paisagem parecida à paisagem da obra “O Mamoeiro”? Caso sua resposta seja afirmativa, descreva-a.
3- Agora, é a sua vez de se inspirar e registrar as paisagens do lugar no qual você vive!
a) Com o auxilio de seus familiares, selecione duas paisagens para você registrar. É interessante que entre eles haja paisagens naturais, assim como modificadas pelas pessoas.
b) Seus registros serão feitos através de imagens (desenhos ou fotografias). Portanto, ao percorrer os lugares que você selecionou, continue contando com o apoio de seus familiares.
c) Elabore um texto informativo para acompanhar cada uma das paisagens que você registrou. Caso haja necessidade, consulte informações em jornais, revistas, guias de turismo ou, até mesmo, na internet. Não deixe de indicar o nome do local do qual foram extraídas as informações pesquisadas.
4- Com seus colegas de classe, organize uma exposição de paisagens.

A PAISAGEM DO SEU BAIRRO
1- Observem juntos a paisagem do bairro onde vocês moram para estudá-la.
a) Vocês conseguem perceber elementos que a natureza construiu? Quais?
b) E elementos que foram construídos pelas pessoas? Quais?
c) Que elementos predominam?
2- Comparem a paisagem do lugar onde está a sua escola. Ao analisar a paisagem, vocês perceberam que ela possui elementos naturais e elementos criados pelas pessoas. Será que esses elementos são iguais em todos os lugares?
3- Embora alguns lugares sejam parecidos, muitas vezes o modo de viver das pessoas que habitam esse lugar é diferente. Vocês concordam que esse é um dos motivos para dizermos que a paisagem é diferente de um bairro para outro?
Produção: Registrem suas conclusões em uma folha à parte e depois entreguem o trabalho para professor. Desenhos, fotos e pinturas podem completar o trabalho escrito.
4- Prestem atenção às pessoas que vivem no seu bairro.
· O espaço reúne grandes extensões de terreno onde são feitas plantações ou criação de animais?
· É possível encontrar grandes estabelecimentos industriais? O que eles produzem?
· Existem escolas, lojas, hospitais, agências de correio, oficinas, bancos, serviços gerais para uso das pessoas do lugar?
5- Que tipo de animais e plantas são encontrados no lugar onde você mora?
· Os animais são criados soltos ou nas casas das pessoas? As pessoas utilizam os animais no seu trabalho?
6- Para apresentar o resultado do trabalho, organizem a maquete do lugar. Para isso, utilizem materiais diversos: caixas vazias de creme dental, de sabonete, de fósforo; tampas de produtos de limpeza e de higiene lavadas; palitos de fósforo usados, de sorvete, de pirulito, de churrasco; areia, sementes, grãos, botões; papéis coloridos para forrar os materiais; uma placa que sirva de base( madeira, papelão); cola e tesoura sem ponta.
a. Colem as peças sobre a placa, reproduzindo as construções existentes no bairro.
b. Indiquem, com etiquetas, o nome das ruas.

SEU BAIRRO NO PRESENTE
-Para começo de conversa:
A maioria das cidades brasileiras é dividida em bairros. O poeta Vinicius de Moraes (1913-1980) escreveu um poema que pode nos ajudar a entender melhor o significado da palavra bairro. Ele fala do bairro Botafogo, na cidade de Rio de Janeiro, famoso pelo time de futebol do local.

MODINHA
Existe o mundo
E no mundo uma cidade
Na cidade existe um bairro
Que se chama Botafogo
No bairro existe
Uma casa e dentro dela
Já morou certa donzela
Que quase me bota fogo.
MORAES, V. Poesia completa- Cartão- postal. In: BUENO, A. (Org.). Poesia completa e prosa. 3. Ed. Rio de Janeiro: Aguilar, 1998. p.255
O poeta brinca com as palavras. No ultimo verso, por exemplo, ele utiliza a expressão “bota fogo”, que é o nome do bairro citado no poema, para dizer que estava apaixonado por uma moça, que quase “incendiou” seu coração.
A divisão das cidades em bairros serve para orientar as pessoas e facilitar:
· A coleta de lixo;
· A limpeza das Ruas;
· O trabalho dos carteiros;
· O trabalho dos policias;
· O abastecimento de água;
· A vacinação de animais contra a raiva;
· A instalação de postos de saúde;
· O combate ao mosquito da dengue e outras endemias.

A divisão em bairros facilita a administração da cidade e dos serviços públicos.
No passado, muitos bairros nasciam em torno de uma igreja ou capela. Geralmente, quando surgem, apresentam apenas algumas casas. Com o tempo, aparecem escolas lojas, padarias, farmácias, postos de gasolina para atender aos moradores e as pessoas que passam pelo local.
Os bairros são compostos de quarteirões e ruas.
Responda, em seu caderno, às seguintes questões.
a) Em que bairro está localizada sua escola?
b) Quantos bairros de sua cidade você conhece?
c) Como elas se chamam?
d) Em que bairro você mora?

BUSCANDO INFORMAÇÕES SOBRE SEU BAIRRO
Com a ajuda de um familiar, responda às perguntas abaixo em seu caderno.
a) Qual é o nome completo de seu bairro?
b) Ele tem algum apelido? Qual?
c) A maioria das ruas de seu bairro é asfaltada?
d) Seu bairro é bem arborizado?
e) Nele, existem áreas de lazer? Quais?
f) E escolas?
g) Seus vizinhos se reúnem para organizar festas?
h) Em seu bairro, as pessoas solicitam às autoridades publicas a realização de melhorias importantes?
i) De que você mais gosta em seu bairro?
j) E de que menos gosta?
k) O que precisa ser feito para seu bairro ficar melhor?

APRENDENDO A ME LOCALIZAR NO BAIRRO
Observe o mapa do bairro (cada escola recebeu o seu). Junto com a sua professora e outros três colegas, localize a sua escola, em seguida localize outros elementos como, casas, padaria, lojas, supermercados, etc.

DIFERENTES TIPOS DE BAIRROS
Ao passar pela ruas da sua cidade, você reparou que nem todos os bairros são iguais? Que alguns ficam mais próximos das áreas centrais da cidade e outros, mais distantes?
Em alguns bairros, existem grandes avenidas, shoppings, parques e lojas. Nesses bairros, chamados comercias, o movimento de pessoas e veículos é muito intenso. É neles que muita gente faz compras.
Nos bairros residências, há um número maior de casas e prédios.
Existem, ainda, os bairros indústrias, onde se localizam muitas indústrias. Boa parte dos moradores desses bairros trabalham na fabricas, as quais, dependendo do que produzem, lançam no ar grande quantidade de gases e resíduos que fazem mal à saúde das pessoas. A poluição é um problema para elas.
Os bairros que apresentam mais de uma característica são considerados mistos. Por exemplo: podem-se notar tanto características comerciais quanto residências em alguns bairros, ou seja, há muitas lojas, panificadoras, farmácias, mercados e também muitas casas neles.
· Responda, também em seu caderno, às questões a seguir.
a) O bairro onde você mora é comercial, residencial ou industrial?
b) Existem bairros comerciais, residências e industriais em sua cidade?
c) Você sabe o nome de alguns desses bairros?

LEMBRANÇAS DE BAIRROS EM OUTROS TEMPOS
Os mais velhos sempre têm boas histórias para contar, algumas muito divertidas. Eles gostam de se lembrar e falar das coisas boas que lhes aconteceram no passado.
Na memória dessas pessoas, ficam registradas lembranças afetivas, algumas tristes e outras muito alegres. Elas se recordam das brincadeiras de criança, dos vizinhos de rua e da escola.
Mas será que se lembram do bairro onde passaram sua infância?
Agora, você vai ler o depoimento do Prof José Carlos Brollo, antigo morador do Bairro de Vila Ramos em Franco da Rocha .

“No começo dos anos 60, a prefeitura construiu um chafariz na Vila Ramos. Não me lembro onde ouvi essa palavra estranha, “chafariz”, pela primeira vez, e nem se essa novidade causou alguma discussão entre os moradores da Vila. Tem nomes e coisas que passam a fazer parte de nossa vida, e a gente nem se perguntou por quê. Quando nos damos conta, já são, como se sempre tivessem sido.
O chafariz era uma construção de alvenaria revestida por pequenas lajotas cerâmicas. Lembrava a cuba de uma pia ou um tanque raso de lavar roupas, mas de forma alongada, medindo cerca de um metro e meio de comprimento por meio metro de largura. Ao fundo, uma parede mais alta, de aproximadamente um metro e meio de altura ostentando a peça mais importante de um chafariz: uma torneira. Chafarizes, apesar do nome estranho, servem para isso mesmo, ou seja, saciar a sede dos passantes. A água, imagino, provinha da rede de abastecimento recém construída na rua 30 de novembro, a principal da Vila.
Logo o chafariz passou a ser um dos pontos de apoio da molecada para as brincadeiras na praça. Era um dos locais de chegada das correrias do jogo de pique, que na Vila dizíamos “piques”. O perseguido ziguezagueava em sua fuga e tocava o chafariz. Gritava: “ — Piques!” Isso impedia o perseguidor de apanhá-lo e assim inverter os papéis na perseguição. Também era um dos esconderijos para o polícia-e-ladrão , logo após a revoada de crianças pelos cantos da praça e em volta da igreja. Para o jogo de bolinha de gude, era uma referência. Onde jogar? Perto do chafariz, é claro.”


José Carlos Brollo
Jornal Juca Post, Ano XXI - nº 193 - setembro de 2.007

terça-feira, 4 de maio de 2010

MOVIMENTO


MOVIMENTO

Mover-se faz parte do viver. Os movimentos apresentam grande importância biológica, psicológica, social, cultural e evolutiva. Através dos movimentos o ser humano interage com o meio ambiente. Expressa-se a criatividade, a comunicação e os sentimentos através dos movimentos. É por meio do movimento que o ser humano se relaciona com o outro, aprende sobre si mesmo e aprende sobre o meio social em que vive.
As experiências motoras que se iniciam na infância é de fundamental importância.
Os movimentos estão presentes em todas as atividades humanas, seja no lazer, no trabalho, no desporto...
Os movimentos naturais são o ponto de partida para a educação. São eles: andar, correr, saltar, empurrar, balancear, girar... São movimentos que não estão presos a uma técnica específica e são executados pelo homem afim de suprir suas necessidades básicas de movimento.

MOVIMENTOS BÁSICOS


Locomotores: Deslocamento do corpo no espaço – engatinhar, rastejar, saltitar...
Não Locomotores: Não se deslocam de um ponto ao outro no espaço – sentar, flexionar, puxar, empurrar, chutar, arremessar...
Manipulativos: Manuseio e manejo de objetos – carregar, transportar, puxar, empurrar, chutar, arremessar...

Segundo o Referencial Curricular para Educação Infantil, percebemos que o movimento é uma dimensão indispensável ao desenvolvimento e cultura humana. Desde que nascem as crianças se movimentam, e a partir daí, adquirem cada vez mais controle sobre o próprio corpo interagindo mais com o mundo. Quando a criança se movimenta, ela expressa sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando todas as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. Podemos então perceber que o movimento não é somente o deslocamento do ser humano no espaço, constitui-se uma linguagem que permite a criança agir sobre o mundo físico e atuar sobre o ambiente humano.
O movimento aumenta na criança a capacidade de agir, interagir e reagir afetivamente com as outras crianças e consigo mesma.
O movimento melhora as qualidades físicas: força, resistência, velocidade, agilidade, equilíbrio, coordenação...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TUDO QUE DEVIA SABER NA VIDA APRENDI NO JARDIM DE INFÂNCIA

Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância.
A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Estas são as coisas que aprendi:
01. Compartilhe tudo;
02. Jogue dentro das regras;
03. Não bata nos outros;
04. Coloque as coisas de volta onde pegou;
05. Arrume sua bagunça;
06. Não pegue as coisas dos outros;
07. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
08. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
09. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme.

Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca. Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.

Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos. É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
fonte:http://www.scribd.com/doc/6664708/Tudo-Que-Eu-Devia-Saber-Aprendi-No-JardimDeInfancia-Robert-Fulghum